sábado, 27 de maio de 2017

Falar de democracia é fácil, difícil é conviver com a democracia.

A palavra democracia é de origem grega, como muitas outras do vocabulário político, e significa poder (cracia de cratos) do povo (demo). Em Atenas, originalmente, o povo era cerca de 10% da população, pois apenas homens, livres, maiores de idade, filhos de pais atenienses, compunham o povo. Mulheres, escravos, estrangeiros formavam um contingente de excluídos da vida política. O conceito de povo foi mudando ao longo do tempo, felizmente. Dizemos que o conceito de cidadão se ampliou. 

Para termos uma democracia é preciso que haja isonomia, igualdade de todos perante a lei (mesmos direitos e mesmos deveres) e isegoria, direito igual à palavra. Daí sempre falarmos da liberdade de expressão como principal marca de um regime democrático. Se todos têm direito a fala, todos também têm o dever de ouvir, é dessa interação que nasce o diálogo. Sem diálogo é impossível ter um ambiente democrático. No entanto, ouvir o outro é muito difícil, exige uma boa dose de paciência e tolerância, pois nem tudo que vamos ouvir vai nos agradar. Numa democracia embate de ideias é indispensável para que se possa concretizar o exercício ou prática democráticos. Falar e esperar que todos concordem combina muito mais com regimes autoritários. Num ambiente democrático, teremos que usar a palavra para defender nossas ideias ou visões de mundo. O convencimento deve se dar pela apresentação de argumentos consistentes. Quem espera vencer no grito ou pelo silenciamento do outro não sabe conviver com a democracia. 

A sociedade brasileira tem uma experiência recente com a democracia. Ainda estamos dando nossos primeiros passos. Acreditava-se há poucos anos atrás que estávamos avançando, no entanto, os acontecimentos recentes têm nos mostrado que esse processo era bem mais frágil do que pensávamos. Não fomos educados para viver num ambiente democrático. Não fomos estimulados a exercitar a democracia. Por muito tempo a eleição, a escolha de representantes políticos, foi saudada pela mídia e pela sociedade como a Festa da democracia, como o grande momento de participação política do cidadão brasileiro. Talvez esse tenha sido um dos nossos maiores erros. O modelo representativo das democracias modernas levou muitos países a se distanciarem da democracia. No caso do Brasil, a ideia de que existem 'os políticos' e a eles cabe a responsabilidade por 'fazer política' nos deixou às margens de processos que agora são desmascarados diante dos nossos olhos e que nada têm de democráticos. 

No nosso país, quando os cidadãos resolvem participar da política, quando resolvem tomar parte 'na festa democrática' para além do voto, facilmente isso vira sinônimo de 'rebeldia', 'bandidagem', 'baderna', 'vandalismo'. Na educação não é diferente. Quando os alunos de escolas públicas ocuparam escolas e reivindicaram ser ouvidos, foram logo tachados de 'vagabundos', 'invasores'. 'Os políticos' têm medo de cidadão querendo participar da política. Os cidadãos só são bem vindos nas eleições. Que votem e voltem para casa. E se quem se mete a fazer política são jovens, aprendendo o que é ser cidadão, o perigo é muito maior e é preciso declarar guerra contra ele. Mas fazer guerra contra adolescentes pega mal, até para uma Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Nesse episódio, o secretário de educação não teve condições de continuar no cargo. E toda essa confusão teve início porque a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo tem um modus operandi nada democrático: do dia para a noite foi anunciada uma reorganização das escolas estaduais que pegou todos de surpresa. O resultado dessa falta de diálogo entre Secretaria de Educação e as comunidades escolares foi sentido pelo governador Geraldo Alckmin que resolveu dar um passo atrás, ou melhor, resolveu fingir que iria dar um passo atrás. 

O novo secretário de Educação, José Renato Nalini é um fanfarrão, para dizer o mínimo.  A última novidade da Secretaria de Educação é implementar uma tal de Gestão Democrática nas escolas da rede, de maneira nem um pouco democrática, diga-se de passagem, afinal, veio tudo já prontinho (questionários, modelos de fichas de sugestões, dinâmicas a serem realizadas), só para ser aplicado nas escolas, e com data marcada para que sejam enviados os relatórios para a Secretaria. O projeto de democratização começou pelos Grêmios Estudantis. É claro que, de maneira bem democrática, quem decidi o que são bons Grêmios e o que seria um Grêmio baderneiro é a Secretaria de Educação... Resumo da história: os Grêmios foram colocados nos trilhos da Secretaria de Educação, ou pelo menos é o que vem tentando a rede estadual, com cursos de formação de professores para acompanhar os Grêmios, entre outras medidas. 

O debate sobre gestão democrática teria como foco a atuação  das instâncias deliberativas das escolas, APM (Associação de Pais e Mestres), Conselho de Escola e Grêmio Estudantil. Pais, alunos, professores e funcionários podem e devem participar dessas instâncias e elas deveriam servir para tomar decisões referentes às necessidades das escolas. O discurso é bonito, mas na prática é tudo bem diferente. Para começo de conversa, a autonomia que as UEs (unidades escolares) têm hoje é quase nula. Em termos financeiros, a grande maioria das verbas já vêm com destino certo (elas vêm para comprar produto de limpeza, ou para comprar determinados materiais de uso cotidiano, etc). Contratação de professor, atribuição de aula, é tudo decidido pela Secretaria de Educação, não dando margem para as UEs resolverem problemas locais de maneira rápida e eficiente. Tudo é muito burocratizado. As decisões que essas instâncias podem tomar são bem restritas. Por outro lado, cada vez mais o Estado tende a incentivar o trabalho voluntário de pais e membros da comunidade de modo a suprir as faltas do poder público. O discurso de que a comunidade deve se envolver com a escola é bonito e faz sentido, mas não pode servir de desculpas para que o Estado cada vez mais faça menos. 

Como disse uma colega, apesar de todas as críticas que temos e devemos fazer à maneira como o Projeto Gestão Democrática está sendo jogado pra cima das escolas, temos nas mãos uma chance única de usar esse espaço de debate para pensarmos 'que escola queremos'. Não vai ser fácil. Tem escola apenas preenchendo os relatórios, ou seja, cumprindo com a burocracia, fornecendo 'dados' para a Secretaria (e talvez seja só isso mesmo que eles querem...), mas tem escola que está encarando o desafio de chamar todos, professores, funcionários, pais e alunos para construir uma escola mais democrática. Os conflitos vão surgir, as dificuldades de escutar coisas que não nos agradam serão imensas, haverá confronto, mas pode trazer frutos bem positivos. Numa dessas reuniões de debate sobre Gestão Democrática, apesar de todos os percalços que tivemos, surgiu uma ideia muito legal: Assembleia Geral na Unidade Escolar. Essa ideia veio dos professores, veio dos alunos e dos funcionários. Todos sentem a falta de mais diálogo, a necessidade de se criar espaços para que todos esses agentes possam interagir, falar e se ouvir sobre qual é a escola pública que queremos. Apesar dos problemas que sugiram durante a reunião, problemas que, na minha avaliação decorrem justamente da nossa experiência limitada com ambientes verdadeiramente democráticos, as atuações e reações dos alunos foram tão positivas, que saí com uma pontinha de esperança de que podemos ter avanços e construir uma espaço de fato democrático nas escolas públicas. 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Indiretas, Diretas ou Eleições Gerais?

Eis que mais uma vez a já desfalecida democracia brasileira sofre novo golpe. Os áudios divulgados de conversas entre Joesley Batista (JBS) e Temer e as delações dos irmãos Batista ao MPF vieram para nos lembrar que não sobrará pedra sobre pedra. Mais do que Temer, quem foi fritado impiedosamente nessa nova e inesperada fase da Lava-Jato foi Aécio Neves

As últimas notícias deixam esse xadrez ainda mais confuso. Tem gente tentando entender até agora a jogada da Rede Globo na semana passada com aquele Plantão de anuncio do fim do mundo: jornalista com voz trêmula, quase chorando, parecia o apocalipse chegando. A notícia foi tão bombástica que o William Bonner não se conteve e já se apressou em sair com Temer, chamando-o de ex-presidente. Teve gente que pediu a cabeça do Temer para logo em seguida voltar atrás. Esses moleques acham que são gente grande, mas aprontam cada uma...

Mas verdade seja dita, ninguém entende mais nada do que acontece por aqui. De um lado tem gente gritando por 'Diretas, já!' (eu sei que vai ser malvado meu comentário: mas é a realização de um grande sonho de muitos militantes de esquerda que estavam em fraldas no final dos anos 80! pronto falei! e tem uns ex-batedores-de-panela que ficaram sem rumo e aderiram ao coro); de um outro lado tem gente esbravejando que temos que respeitar a Constituição (engraçado que é o mesmo povo que não pensou duas vezes em amassar a mesma Constituição quando se tratava de tirar a Dilma da cadeira da presidência, lugar esse em que ela chegou pelo voto popular...); e num outro lado (sim, finalmente parece que há mais que dois lados!) tem algumas almas perdidas com seus cartazes tímidos pedindo Eleições Gerais (isso significa antecipar o pleito de 2018 e fazer uma limpa geral, jogando na rua da amargura - ou seria na porta da cadeia? - a maioria dos excelentíssimos senhores que hoje dominam o Congresso Nacional). 

É uma conversa difícil, mas vamos tentar analisar essas possibilidades. Comecemos pelos que agora podem ser chamados de conservadores ( = desejam conservar os mesmos interesses que Michel Temer representava quando ocupou o lugar de Dilma). Esses, em sua maioria, devem apoiar a eleição indireta e muito provavelmente defenderão o nome de Henrique Meirelles. O blog do Sakamoto traz ótima análise dos interesses em questão para quem defenderá essa alternativa nesse texto. Nessa opção, pelo menos estamos livres de certa figura mitológica que não seria escolhida por esse Congresso bizarro (embora ele seja em grande parte composto pela bancada BBB, que tanto combina com o senhor B). 

Vejamos o povo da 'Diretas, já!' Em boa parte esse grupo é formado por pessoas assumidamente de esquerda e simpatizantes. Dentro desse bolo, há um grande número de defensores-cegos do PT que clamam por Lula como candidato. Acredito que esse é o bloco do delírio. É apostar numa convulsão civil. Se Lula é eleito, acredito que no momento seguinte teremos uma guerra civil nesse país. Apostar em Lula candidato agora ou em 2018 é apostar na cegueira das paixões (amor ódio). Ao mesmo tempo, por mais que o senhor B nesse momento faça coro aos conservadores e defenda eleições indiretas, ele é uma ameaça crescente. A outra parte desse grupo formada por ex-batedores-de-panelas tem sonhos eróticos com os uniformes dos anos 60-70. E para esse grupo, quanto mais os petistas apostam em Lula, mais real se torna a possibilidade do discurso de ódio do senhor B ganhar as ruas, basta ver os comentários nas notícias recentes. Brincar com isso é brincar com fogo (literalmente, afinal o senhor B adora bala, e não é bala doce...). 

O último grupo, o dos que defendem antecipação de eleições gerais, ainda não sei traçar um perfil. Alguns poucos congressistas têm levantado essa bandeira e também parte da esquerda.  Pelos mesmos motivos citados anteriormente relativos à Lula e ao senhor B, não consigo me sentir segura de que essa alternativa realmente vá funcionar nesse momento. Mas é importante notar que ela não conta com o apoio da maioria dos congressistas. Muitos dos deputados e senadores que encamparam o Diretas já! devem ter pesadelo só de pensar em Eleições Gerais, afinal, o medo de encarar uma cadeia logo em seguida deve congelar as espinhas, embora eles estejam disfarçando bem esse medo, saltitando aqui e acolá como se nada estivesse acontecendo ou fosse acontecer

É difícil concluir alguma coisa nesse momento. Este texto está tão inconcluso quanto a situação do país. Uma coisa eu tenho pensado: eleições diretas só para presidente nesse momento, pode ser outro golpe no povo brasileiro. No meio dessa confusão e falta de bom senso, tudo pode acontecer. Eleger de forma direta um representante dos interesses das elites econômicas não seria mais catastrófico do que eleger indiretamente uma figura com o mesmo perfil? Nesse último caso, restaria ainda a desculpa de que tratar-se-ia (para que ninguém sinta saudade do presidente das mesóclises) de uma governo ilegítimo, eleito por um Congresso também ilegítimo. No outro caso, não teríamos desculpas. De um lado, podemos ter Henrique Meireles eleito pelo Congresso, mas de outro podemos ter um aventureiro-gestor-não-político fazendo política-marqueteira e defendendo os mesmos senhores do dinheiro. Não sei em qual desses casos o estrago tem potencial para ser maior...


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Adolescência: hoje e ontem

A adolescência, na medida em que está entre a infância e a vida adulta, pode ser caracterizada como um vazio, uma fase de não-ser. O adolescente, que não-é-criança e não-é-adulto,encontra-se num processo de construção, é um ser-em-construção.
Enquanto processo, a adolescência é marcada por mudanças, físicas e psicológicas, confrontos, negações, busca de autoafirmação e de construção de identidade. É um processo doloroso. Crescer, amadurecer dói. Afinal, trata-se de uma ruptura com o mundo da infância. Como toda ruptura, a adolescência traz, muitas vezes, o sentimento de perda que, por si só, gera sofrimento. O adolescente durante esse processo sente-se sozinho, incompreendido, diferente (dos outros do grupo; da família; daquele eu que lhe era familiar até ontem...).
Reconhecer essa fase como potencial geradora de sofrimento já é meio caminho andado para que nós, adultos, possamos estabelecer um diálogo com o adolescente. É bem verdade que também passamos por isso, mas talvez já não tenhamos condições de lembrar exatamente como nos sentimos. É possível que muitos de nós, ao olhar para trás, por causa do distanciamento, já não possamos mais trazer à memória os sentimentos tão comuns a esta fase: solidão, incompreensão, medo, insegurança, revolta. Mas como seres humanos que somos, em qualquer fase que estejamos, sabemos que todos, em menor ou maior grau, estamos buscando aceitação, carinho, compreensão, respeito. E com o adolescente não é diferente.
Os adolescentes precisam se sentir importantes, amados, cuidados, protegidos, acolhidos. Mesmo quando eles parecem nos dizer o oposto, querendo distância, clamando por liberdade, respondendo de forma grosseira, fingindo não se importar com nada. Não é uma relação fácil, é preciso reconhecer isso também. A relação entre adultos e adolescentes é marcada por desentendimentos, desencontros, por palavras que, muitas vezes, causam feridas em ambas as partes. Mas precisamos lembrar que nós somos os adultos. E se nós, pais e educadores, não nos aproximarmos dos nossos adolescentes, não dermos a atenção, o carinho, a segurança e o acolhimento que eles tanto desejam e precisam, sempre haverá alguém para fazer isso em nosso lugar. Em tempos de facebook e whatsapp, pode ser uma comunidade Baleia Azul ou sei lá quantos outros aparecerão para preencher o espaço que deixamos vazio.
Vivemos numa época de excessos: de muita correria, de muito estresse, de muito egoísmo e de muito consumo. Trabalhamos muito porque temos muitas contas a pagar. Mas essas contas são resultado dos muitos desejos que nos ensinaram que devemos ter: o carro do ano, o último celular lançado no mercado, as roupas de marca mais caras, o corpo mais perfeito...Não percebemos que, lentamente, nós é que estamos sendo consumidos: pelo cansaço, pela insensibilidade, pela superficialidade das relações que estabelecemos, pela solidão... Somos consumidos por nossos medos e frustrações, num mundo onde a ‘felicidade’ é imperativa: no Instagram, no Twiter, no Youtube, é mandatório ser bem sucedido, ser magro, ser bonito, estar na moda, sorrir, ser feliz... Se para muitos adultos já é um grande desafio não espanar diante de tanta cobrança, o que dizer dos adolescentes?
Tudo isso se torna mais um motivo para lembrarmos que eles – os adolescentes – precisam de nós – os adultos. Precisam se sentir amparados. Eles não querem/esperam que nós tenhamos todas as respostas, que saibamos de tudo, que indiquemos o caminho. Eles querem/esperam que tenhamos tempo e paciência para ouvi-los, que suas dúvidas e medos não sejam infantilizados ou menosprezados, que seus passos, ainda que em direção diferente dos nossos, sejam acompanhados com interesse. Os adolescentes esperam que nós tenhamos coragem de assumir nossas fragilidades, que sejamos autênticos! Os adolescentes rejeitam a mentira e a falsidade. Nossos exemplos, muito mais do que nossos sermões, são observados e julgados pelos adolescentes a todo momento. E qualquer sinal de contradição pode significar perda de credibilidade/confiança. O adolescente é muito crítico, mas também é muito radical em seus julgamentos.
Nós, adultos, precisamos estar cientes da nossa responsabilidade, mas é muito mais importante estarmos convencidos da importância de ser e se fazer presente na vida dos adolescentes. Ser e estar presente sem, no entanto, sufocar, reprimir, impedir que eles aprendam a caminhar com as próprias pernas. É preciso estar perto o suficiente para ajudá-los, caso tropecem ou caiam. Perto o suficiente para reconhecer pedidos de ajuda e oferecer um abraço, sem julgar. Perto o suficiente, para que nem baleias nem qualquer outro bicho ocupe o nosso lugar na vida dos adolescentes.

A adolescência, para além das suas dificuldades, deve ser vista por nós, adultos, e pelos próprios adolescentes, como uma fase de alegria, de amizade, de descobertas e conquistas, de paixão e encantamento, de beleza, de amor, de vida, de muita vida!!

Sobre o que se fala

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