(para um amigo muito querido: Leo)
parte de mim é leve,
é muleque arteiro, é borboleta solta, que do primeiro ao último momento voa livre e bonitamente...
mas outra parte é pesada,
porque carrega o peso da existência,
não só a minha, mas do mundo todo!
e a cabeça pesa,
e o sono vai embora,
e sou gente que pensa,
e pensa, faz desse pensar um mundo a parte que poucos conseguem adentrar..
é, a leveza de borboleta torna-se o muro mais intransponível que já se construiu...
o sorriso de menino,
as palavras que parecem correr livre,
são por vezes cuidadosamente escolhidas, para provocar riso,
para desviar a atenção, para permitir que todos conheçam a leveza da borboleta... a criancice boba e bonita....
mas o peso, ele continua lá...
e a ele me volto nos muitos momentos de silêncio,
de um silêncio que aparenta sossego, que aparenta calmaria... que é sempre silêncio, do qual sou tirado e respondo: "o quê?" com a leveza que só as crianças conseguem, imersas em seus mundos, responderem aos adultos:
"o quê?"......
9:13, 27/06/2007
Campinas/ SP
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