De todas as coisas que se me apresentam como um mistério nessa vida, o maior e mais terrível deles diz respeito a constatação da solidão.
Os momentos de mais profunda e intensa solidão que já experimentei até hoje, foram justamente os momentos nos quais, antes de se realizarem, eu acreditava se esconder a mais completa comunhão com um outro.
Não recordo de ter sentido tanta solidão enquanto estivesse sozinha, mas sempre quando tinha alguém, muitos alguéns ou "o" alguém comigo...
Esses momentos são inicialmente de alegria, de felicidade muito grande, mas o fim deles é um vazio, uma dorzinha (no fundo da alma) e a certeza de estar só. Indiscutivelmente sozinha. Dolorosamente sozinha.
Solidão é um mistério pra mim. O mistério que parece consumir minha vida.
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Estamos sempre juntos nessa solidão!
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Agora não estou triste por isso. Mas muitas vezes já fiquei. E talvez isso ainda aconteça muitas outras vezes. Agora meus olhos estão secos, mas tem momentos em que eles choram, quando só as lágrimas parecem aliviar o nó na garganta, encher o vazio, acariciar meu rosto no escuro da noite...
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