segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

 "O poeta é um fingidor"

Será que é isso?

Finjo ou minto

As dores que sinto?


E de onde vieram as dores fingidas,

Da distância que eu mesma invento?

Da covardia que me faz convercer-me de que "às vezes, precisamos fugir para não morrer"?


Serão as lembranças tristes e doloridas

Só uma invenção? 

Meu álibi? 

Afinal, de que verdades estou fugindo?


Que coisas difíceis são essas que não posso compreender e das quais não consigo falar?

Será que apenas finjo e minto todas elas? 

Será que já morri? 

Que será de mim, poeta ao menos? 

Apenas uma filha perdida? 


Entre um livro e outro

Um verso e tantos outros

Personagens que poderiam ser eu

Finjo que me encontro

Deixo-me perder

Invento novos enredos

Passados, futuros

Sou poeta

E sinto as dores e os tormentos

Que me inventam. 


Sou poeta, fingidora

Fugidia

Perdida.

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