terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O telefone

Aparelho tão útil e tão difundido recentemente - na sua forma móvel, os celulares -, o telefone é ainda um estranho para os seus usuários. Ou antes, será a falta de educação o único problema que deve ser combatido?
Já perdi a conta de quantas vezes o meu telefone, se não quando meu celular- aparelho que julga-se ser propriedade de um indivíduo- tocou e a pessoa do outro lado, depois de ouvir minha linda voz dizendo alô, faz a descabida pergunta: "Quem tá falando?". Juro, eu me seguro para não mandar para um lugar sujo e feio... Educadamente, pergunto: "Com quem você gostaria de falar?" e não raras vezes dou com uma resposta ríspida, como se fosse lógico: "Quero falar com o fulano". Eu respondo: "Aqui não tem nenhum fulano". E do outro lado: "Claro que tem, é o número da casa dele". Gente, eu ainda mantenho a fineza. Digo em alto e bom som:"Por favor, para qual número o/a senhor(a) ligou?" Eu juro, não foi uma vez só que isso aconteceu. A resposta estúpida e grosseira é instântanea: "Pra esse número!". Haja paciência!! Eu explico: "Olha, o número que você ligou não tem nenhum fulano..", e antes que eu possa terminar, a criatura do outro lado bate o telefone na minha cara. Nessa altura do campeonato, completamente mal humorada, fico rezando para o idiota ligar novamente, porque dessa vez vai ver quem é mal educado. .
E não é que ligam mesmo? Outro dia foi sensacional. Na primeira vez fui eu quem atendeu. A criatura do outro lado bateu o telefone na minha cara assim que eu disse que não tinha nenhum fulano. Não passou 5 segundos ligou de novo. Meu namorado atendeu. A mesma pergunta imbecil. Ele disse: "Aqui não tem nenhum fulano, para qual número você ligou?", o ser do outro lado novamente desliga o telefone. E novamente a cena se repete. Dessa vez eu atendo. Ao ouvir a ridícula pergunta "quem fala", eu me ponho a gritar no telefone: "Escuta minha senhora, é a terceira vez que a senhora liga na minha casa procurando esse fulano que eu, já disse, não mora aqui; a senhora poderia me dizer o número para o qual gostaria de ligar?". A resposta é de chorar.. "Para esse número!" e ainda diz isso irritada. Eu novamente:"Olha só, esse número que você ligou é da minha casa, e aqui não tem nenhum fulano. Então faça o favor de dizer pra que número a senhora quer ligar". Talvez um pouco assustada pelos meus gritos no telefone, a criatura resolve conferir o número para o qual pensava ter ligado. Um dígito errado, um único dígito errado! Tivesse tido a gentileza de conferir na primeira vez e não teria me deixado tão nervosa!
Desculpa, obrigada? Não, a criatura, ao ouvir que tinha trocado um número, bateu o telefone na minha cara!! Não preciso dizer que desejei a morte para esse ser... Não dá! é muito difícil! E não foi uma ou duas vezes. Há uns 10 minutos (tempo que estou escrevendo esse texto) o telefone tocou e ao dizer alô a criatura do outro lado soltou:"Quem tá falano?".. Ah, eu não mereço...

Um comentário:

Anônimo disse...

Fran....

E o chato do telefone, parou de te incomodar? Tomara que tenha lido o seu blog e tomado um pouco de juízo...

Bjinhos,
For

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