Aparelho tão útil e tão difundido recentemente - na sua forma móvel, os celulares -, o telefone é ainda um estranho para os seus usuários. Ou antes, será a falta de educação o único problema que deve ser combatido?
Já perdi a conta de quantas vezes o meu telefone, se não quando meu celular- aparelho que julga-se ser propriedade de um indivíduo- tocou e a pessoa do outro lado, depois de ouvir minha linda voz dizendo alô, faz a descabida pergunta: "Quem tá falando?". Juro, eu me seguro para não mandar para um lugar sujo e feio... Educadamente, pergunto: "Com quem você gostaria de falar?" e não raras vezes dou com uma resposta ríspida, como se fosse lógico: "Quero falar com o fulano". Eu respondo: "Aqui não tem nenhum fulano". E do outro lado: "Claro que tem, é o número da casa dele". Gente, eu ainda mantenho a fineza. Digo em alto e bom som:"Por favor, para qual número o/a senhor(a) ligou?" Eu juro, não foi uma vez só que isso aconteceu. A resposta estúpida e grosseira é instântanea: "Pra esse número!". Haja paciência!! Eu explico: "Olha, o número que você ligou não tem nenhum fulano..", e antes que eu possa terminar, a criatura do outro lado bate o telefone na minha cara. Nessa altura do campeonato, completamente mal humorada, fico rezando para o idiota ligar novamente, porque dessa vez vai ver quem é mal educado. .
E não é que ligam mesmo? Outro dia foi sensacional. Na primeira vez fui eu quem atendeu. A criatura do outro lado bateu o telefone na minha cara assim que eu disse que não tinha nenhum fulano. Não passou 5 segundos ligou de novo. Meu namorado atendeu. A mesma pergunta imbecil. Ele disse: "Aqui não tem nenhum fulano, para qual número você ligou?", o ser do outro lado novamente desliga o telefone. E novamente a cena se repete. Dessa vez eu atendo. Ao ouvir a ridícula pergunta "quem fala", eu me ponho a gritar no telefone: "Escuta minha senhora, é a terceira vez que a senhora liga na minha casa procurando esse fulano que eu, já disse, não mora aqui; a senhora poderia me dizer o número para o qual gostaria de ligar?". A resposta é de chorar.. "Para esse número!" e ainda diz isso irritada. Eu novamente:"Olha só, esse número que você ligou é da minha casa, e aqui não tem nenhum fulano. Então faça o favor de dizer pra que número a senhora quer ligar". Talvez um pouco assustada pelos meus gritos no telefone, a criatura resolve conferir o número para o qual pensava ter ligado. Um dígito errado, um único dígito errado! Tivesse tido a gentileza de conferir na primeira vez e não teria me deixado tão nervosa!
Desculpa, obrigada? Não, a criatura, ao ouvir que tinha trocado um número, bateu o telefone na minha cara!! Não preciso dizer que desejei a morte para esse ser... Não dá! é muito difícil! E não foi uma ou duas vezes. Há uns 10 minutos (tempo que estou escrevendo esse texto) o telefone tocou e ao dizer alô a criatura do outro lado soltou:"Quem tá falano?".. Ah, eu não mereço...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Direitos autorais protegidos por
This work is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil License.
Sobre o que se fala
cotidiano
Poesia
Dicas
opinião
opiniões
política
utilidade pública
atualidade
atualidades
Rapidinhas
Campinas
educação
Conto
crônica
Minas Gerais
São Paulo
cinema
observações
Brasil
coisas da vida
escola
Misto
música
Delfim Moreira
divulgação
Barão Geraldo
Bolsonaro
Literatura
democracia
eleições
Filosofia
da vida
leitura
coisas que fazem bem
passeios
Comilança
clã Bolsonaro
redes sociais
revoltas
amigos
coronavírus
debate público
ensino
paixão
preconceito; atualidades
sobre fake news
séries
Dark
Futebol
amor
coisas de mineiro
coisas do mundo internético
criança
do eu profundo
façamos poesia;
final de ano; início de ano; cotidiano;
pandemia
8 de março
Ciência
de irmã pra irmã
distopia
história
infância
lembranças
mulheres
política;
tecnologia
virada cultural
Violência; Educação; utilidade pública
autoritarismo
comunicação
consumo consciente
desabafo
economia
fascismo
férias
impressa
manifestação
mau humor
mentira
mágica
pós-verdade
quarentena
racismo estrutural
reforma da previdência
ser professor (a)
sobre a vida
músicaPoesia
15 de outubro
20 de novembro
2021
Anima Mundi
EaD
Eliane Brum
Fora Bolsonaro
Itajubá
Moro
Oscar
Passarinho; Poesia; Vida
Posto Ipiranga
aborto
adolescência
amizade
amor felino
animação;
assédio sexual
autoverdade
balbúrdia
baleia azul.
bolsonarismo
cabeça de planilha
consciência negra
corrupção
coti
covid-19
crime
curta; crônica;
curtas; concurso; festival curtas
curtas; crônica;
da vida;
defesa
democracia liberal
descobrindo o racismo
desinformação
direitos
discurso
divulgação; atualidades
divulgação; blogs; poesia
documentário
família
filosofia de jardim
fim das sacolinhas plásticas
frio
férias; viagens; da vida;
gata
guerra de narrativas
hipocrisia
humor
ideologia
jornalismo
lei de cotas
livros
minorias
morte
mídia
música Poesia
novidades
para rir
próxima vida
racismo institucional
rap
resenha; atualidade; interesse público; educação
saudade
sentimentos
tirinhas
universidade
utopia
verdade
verdade factual
viagem
violência
Um comentário:
Fran....
E o chato do telefone, parou de te incomodar? Tomara que tenha lido o seu blog e tomado um pouco de juízo...
Bjinhos,
For
Postar um comentário