Gostava de brincar de faz de conta,
era princesa e bruxa,
era sapo e fada.
Era tudo e mais um pouco
nos faz de conta que inventava.
Era menina sapeca
que na nuvem de algodão-doce dançava.
Era moleque esperto,
que montava em seu cavalo e da lição escapava...
Era queijo que parecia lua,
era pirulito colorido que se fingia de poste na rua,
era anjo e tinha asas,
voava e voava,
se fosse borboleta ou fada...
E fazia de conta que nunca ia ter fim:
o cheiro de terra molhada depois que a chuva caia,
o cheiro de café logo que alguém passava,
o gosto do último pedacinho de bolo de chocolate que estava na geladeira,
o abraço da mãe,
a noite de sexta feira...
Fazia de conta tantas coisas.
Que até fez de conta que tinha vida: assim, viveu feliz, como se tudo aquilo fosse pra ser daquele jeitinho: Como no faz de conta...
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