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O céu está dum azul cor de céu! Algumas nuvens gordinhas, outras mais magrelas, verdadeiras miss, desfilam por ele. Um vento suave põe em dança as folhas e os galhos das árvores espalhadas aqui e acolá.
(O lugar onde a história se passa? Bom, caro leitor, imagine o lugar que lhe for de mais agrado: uma fazenda e paisagens bucólicas, uma cidade grande, uma praça de cidade do interior. Sinta-se à vontade!)
Ela caminha em passo que não é apressado mas tampouco parece querer contá-los. Um vestido branco, pintado de muitas minúsculas florzinhas de todas as cores, cobria as curvas acentuadas e as pequenas elevações que se distribuíam pelo corpo. Cabelos longos, levemente avermelhados. Ela carregava nos braços pastas empilhadas.
(O que tinha nas pastas? documentos importantes ou sem importância, papéis em branco, desenhos, o rascunho de um romance?? Não sei caro leitor!)
Ele não entrou no campo de visão dela. Está sobre uma bicicleta. Usa bermuda preta e uma camiseta amarela de listras brancas. Pedala distraido.
(Não queira saber o que faziam nesse lugar, para onde vão, e por quê. Aceite que para quem observa a cena, para quem narra, essas perguntas também são apenas perguntas.)
Ela se prepara para atravessar uma estreita ruazinha. O vento brincalhão, de repente, põe cabelo e vestido numa dança maluca. Ela, um pouco atrapalhada, começa atravessar a rua. Ele, num repente, entra no campo de visão dela (bom, pelo menos agora ela poderia vê-lo, não fosse o vento, o cabelo e o vestido..).
Ele também poderia vê-la e deveria vê-la. Mas está distraido. Quando os dois se olham, as pastas estão caidas pela rua. A bicicleta está deitada no asfalto. Ele tem o joelho riscado. Ela está em pé, com os olhos arregalados, o coração batendo como uma bateria mal tocada.
(O que eles falaram? Nem posso dizer se falaram. O tempo deve ter passado lentamente para eles.)
Ela se põe a juntar pastas e papéis que o vento, malvadamente, tenta roubar-lhe. Ele se levanta. Olha para o joelho e faz careta. Mas rapidamente ajuda a menina de vestido branco.
Tão logo tudo é recuperado, cada um segue seu caminho.
(Não é sabido se eles trocaram telefone, email ao ao menos uma palavra. Talvez algumas horas depois tenham se esquecido completamente um do outro. Mas também pode ser que naquele momento, quando um percebeu o outro, e o menino atirou-se ao chão para não acertá-la, e ela, com os olhos arregalados o olhou por um instante, pode ser que eles tenham se apaixonado perdidamente. Talvez tenham marcado um encontro. Ou talvez o destino os tenha encontrado mais adiante.)
***
Caro leitor, a vida é assim! Feita de pequenos detalhes, acidentes, acasos. Cada um escolhe o nome e as cores que dará para cada pedacinho de vida!
(O lugar onde a história se passa? Bom, caro leitor, imagine o lugar que lhe for de mais agrado: uma fazenda e paisagens bucólicas, uma cidade grande, uma praça de cidade do interior. Sinta-se à vontade!)
Ela caminha em passo que não é apressado mas tampouco parece querer contá-los. Um vestido branco, pintado de muitas minúsculas florzinhas de todas as cores, cobria as curvas acentuadas e as pequenas elevações que se distribuíam pelo corpo. Cabelos longos, levemente avermelhados. Ela carregava nos braços pastas empilhadas.
(O que tinha nas pastas? documentos importantes ou sem importância, papéis em branco, desenhos, o rascunho de um romance?? Não sei caro leitor!)
Ele não entrou no campo de visão dela. Está sobre uma bicicleta. Usa bermuda preta e uma camiseta amarela de listras brancas. Pedala distraido.
(Não queira saber o que faziam nesse lugar, para onde vão, e por quê. Aceite que para quem observa a cena, para quem narra, essas perguntas também são apenas perguntas.)
Ela se prepara para atravessar uma estreita ruazinha. O vento brincalhão, de repente, põe cabelo e vestido numa dança maluca. Ela, um pouco atrapalhada, começa atravessar a rua. Ele, num repente, entra no campo de visão dela (bom, pelo menos agora ela poderia vê-lo, não fosse o vento, o cabelo e o vestido..).
Ele também poderia vê-la e deveria vê-la. Mas está distraido. Quando os dois se olham, as pastas estão caidas pela rua. A bicicleta está deitada no asfalto. Ele tem o joelho riscado. Ela está em pé, com os olhos arregalados, o coração batendo como uma bateria mal tocada.
(O que eles falaram? Nem posso dizer se falaram. O tempo deve ter passado lentamente para eles.)
Ela se põe a juntar pastas e papéis que o vento, malvadamente, tenta roubar-lhe. Ele se levanta. Olha para o joelho e faz careta. Mas rapidamente ajuda a menina de vestido branco.
Tão logo tudo é recuperado, cada um segue seu caminho.
(Não é sabido se eles trocaram telefone, email ao ao menos uma palavra. Talvez algumas horas depois tenham se esquecido completamente um do outro. Mas também pode ser que naquele momento, quando um percebeu o outro, e o menino atirou-se ao chão para não acertá-la, e ela, com os olhos arregalados o olhou por um instante, pode ser que eles tenham se apaixonado perdidamente. Talvez tenham marcado um encontro. Ou talvez o destino os tenha encontrado mais adiante.)
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Caro leitor, a vida é assim! Feita de pequenos detalhes, acidentes, acasos. Cada um escolhe o nome e as cores que dará para cada pedacinho de vida!
Um comentário:
Consigo imaginar dois personagens perfeitos pra sua história. Talvez ela já tenha acontecido, mas com vários (ou todos) fatos diferentes.
O ponto em comum é que não se sabe o desfecho de nenhuma.
Belo texto!
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