Hoje foi um dia intenso para o Mineirices. Muitas visitas, embora nem tantas manifestações. Foi assim: resolvi passar a última madrugada fazendo mudanças nesse cantinho. E depois de toda mudança, bateu uma inspiração e escrevi De cara nova, então, resolvi mandar um email para alguns amigos, convidando para uma visitinha. Alguns desses amigos resolveram expandir o convite para outras pessoas, fazendo uma propagandazinha no facebook e outros espaços. E outros aceitaram o convite e deram uma passadinha. (Brigadin aos amigos!) Foi então que fiquei pensando nessa loucura toda da internet. Na rapidez desse mundo virtual. Do potencial dessas redes. A próxima revolução será pela internet! (algo me diz que estou atrasada nessa conclusão...).
Escrever é uma coisa que faz parte da minha vida desde que eu era bem pequenininha. Eu nem sabia ainda escrever, mas minha mãe diz que eu pegava uma caneta ou lápis e um papel e 'escrevia' muito. Depois veio a escola. As composições das primeiras séries do ensino fundamental. Sobre as férias. Eu nunca tinha grandes coisas pra falar sobre as férias. Eu não tinha dinheiro para fazer grandes viagens e nem ganhava presentes excepcionais no natal. Eu ia para a roça, casa da vó. Mas eu lembro que minhas composições sobre as férias sempre ficavam muitos boas. Eu sempre perguntava: Tia, pode inventar? E então surgiam nos meus cadernos muitas aventuras, terras distantes, e alguns seres fantásticos. Mas também havia lágrimas. Lembro que uma vez escrevi sobre a casa da vó mesmo, o encontro com os primos e a saudade que eu sentia do meu avô, que faleceu quando eu tinha seis anos. A professora gostou tanto da minha composição, era esse mesmo o nome que tinha, não era redação, que pediu pra eu ler pra toda turma. O que aconteceu foi que terminei de ler em lágrimas e vários colegas também choraram. Eu falava do cheiro do meu avô, do chapéu cinza, camisa xadrez, da barba dele que, por capricho, sempre roçava o meu rosto e me fazia chorar e apelar para a minha mãe. Ele me chamava de nega do cabelo duro, cantarolava pra mim uma velha cantiga, eu chorava, reclamava, mas não tinha jeito, era assim toda vez que ele via minha mãe penteado meus longos (e terríveis) cabelos.
Nunca escondi meu sonho de ser escritora. Eu sentava as bonecas na cama, botava uns papeis no colo delas, e ia assinando um por um, dando autógrafo nos meus muitos livros. Participei de concursos, escrevi no jornal da cidade, rabisquei muitas agendas. Depois vieram as poesias. Era dia das mães, dia dos professores, dia dos pais, ou qualquer outra data e lá ia eu escrever uns versinhos. Foi quando vieram também as paixões e os versinhos ficaram um pouco diferente. Algumas vezes me atrevi inventar novamente. E contei histórias de personagens que habitam algum canto da minha vida, ou de outras vidas.
Foi durante a graduação que descobri o mundo dos blogs. Mas eu resisti por um tempo. Um pouco avessa a esse mundo das tecnologias. Sou antiga, gosto de papel, de sentir o cheiro dos livros, de tocar as páginas, mas no fim das contas aqui estou. O blog permite que parte daquele sonho de criança se torne realidade. Sem autógrafos, o que me faz muito feliz é receber um comentário novo. É saber que tem alguém em algum lugar, lendo o que eu escrevo.
O blog está com uma cara muito minha. Dificilmente vou querer mudar, a menos que eu mude, o que, na verdade, me parece algo inevitável. O ano está só começando. Espero ter muitas palavras para preencher as páginas do Mineirices. Para aqueles que gostam de passear pelos blogs, sugiro que visitem estes aqui: isadorable; modelo clássico; meus anos incríveis, e que vasculhem o porão do Mineirices. Serão bem vindos!!
2 comentários:
Poxa, muito obrigado pelos comentários no meu blog :). De verdade, fico muito feliz quando recebo comentários em textos antigos.
Devo ficar um tempo sem postar porque estou na correria de um curso em SP, mas assim que puder, retribuo as visitas, tá? :)
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