Alguma
vez você já se perguntou onde vão parar as pessoas que saem para comprar
cigarro e desaparecem? Recentemente, na Itália, uma mulher foi comprar cigarros
e deixou seus filhos numa pizzaria. Bom, para sorte ou azar da mesma e também
das crianças, ela foi encontrada. Mas quantos são os que não têm essa sorte (ou
azar..) e são tragados pelo mundo, desaparecendo feito fumaça...
Toda vez
que vejo cartazes ou anúncios na TV de fulanos e sicranos que saíram para
comprar cigarro e desde então estão desaparecidos, me pergunto quem ou o que
seria responsável pelos sumiços. Será que eles, os desaparecidos, cansaram da
vida que levavam e resolveram dar outro rumo pra ela? Meteram cara no mundo sem
vontade de serem encontrados? Ou será que as empresas de cigarro são, na
verdade, máfias de contrabando de órgãos? Se assim for, eles devem estar em
falta de bons pulmões... Pode ser ainda que essas pessoas tenham sido abduzidas
por extraterrestres cuja missão é diminuir o número de casos de câncer de
pulmão, boca e afins no planeta Terra...
Por muito
tempo e a fim de desvendar esse mistério, sai de casa, religiosamente, e gritei
em alto e bom som: "Querida, tô indo comprar cigarro!". Minha esposa
no começo estranhou, uma vez que ela sabe bem que não fumo e nem suporto o
cheiro de cigarro. Mas ela deve ter achado que era só mais uma das minhas
piadas sem graça. Não sei se alguém mais sabia que eu não fumava, mas, fato é
que nunca desapareci...
Depois de
comprar cigarro o suficiente para produzir fumaça equivalente à explosão de uma
bomba, desisti da minha empreitada fracassada. Até que um dia, eu estava
passeando numa praça, observando os transeuntes, procurando uma cara para um
personagem de um dos meus contos e eis que me deparo com uma estranha criatura
(não era um ET....).
Era um homem passando da meia idade. Cheiro forte de uns vinte e poucos
anos de nicotina diária. Tinha nas mãos um maço de cigarros e na cara um olhar
confuso. Olhava para todos os lados como se procurasse algo ou alguém
conhecido. "Oi!"- eu disse. Ele, então, fixou os olhos embaçados (ou
seria esfumaçados?) em mim e perguntou: "O senhor me conhece?" Eu
respondi, um pouco sem graça, que não. Ele coçou a cabeça e em seguida
ascendeu um cigarro e disse entre um pigarro e outro: "Amigo, estou tendo
um dia muito estranho... Se eu te contar o que aconteceu comigo, duvido que vai
acreditar.." Eu lhe apontei um banco que acabava de ser desocupado por uma
senhora e três crianças e, batendo de leve em seu ombro, encorajei-o a
contar-me.
A primeira coisa que ele disse foi: "O senhor fuma?"...
9 comentários:
...sabe, Fran, às vezes tenho vontade de ir comprar cigarros!
Oi Fran,
Muito legal seu blog, viu?
Fiquei feliz que tenha me visitado.
Sobre este post que escreveu, quando sinto essa vontade repentina de sumir, além de fumar um cigarro que não saio pra comprar pois já levo comigo, corro pra escrever.
Ideias chegam aos montes.
Syl, obrigada pela visita!
Bom, eu não fumo, mas já senti vontade de 'ir comprar cigarro'..rs
ahaha, muito bom o texto! To rindo muito aqui.
Obrigada, Alexandre! pela visita e pelo comentário!
abraço
Cadê o resto?
Vou sair amanha de casa e não vou mais voltar perdi a vontade de ter 7ma famil7a amigos vou sair por ai ver oque a vida tem pramim😭
Eo zou bredu
Qual o final da historia,sei que ja se passaram anos,mais...
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