terça-feira, 11 de agosto de 2020

A dificuldade de encontrar a justa medida em tempos de pandemia

Hoje cometi uma imprudência. Ou melhor me deixei levar pela hybris. Não vou fugir da minha responsabilidade, mas em minha defesa digo que ficar trancada dentro de casa a sei lá quantos dias, trabalhando na frente do computador o dia todo, com uma reforma no apartamento vizinho, com direito a marteladas e furadeira sem fim, e ainda ter que ler as asneiras, mentiras e desfaçatez desse governo é coisa para tirar qualquer um do prumo. 


Social, As Redes Sociais, Serviço De Rede Social 

imagem disponível em pixaby.com

Mas vamos ao meu pecado: resolvi escrever algumas verdades como resposta aos tweetes do excelentíssimo senhor presidente da república. Sim, confesso que da próxima vez irei me controlar. Mas não parei por aí. Resolvi responder a uma cidadã que, de maneira muito irônica - dava pra sentir o tom de voz, ou será que já estou pirando? - me chamava de "professora". Acho que porque a distinta senhora tem o nome da minha mãe. Deve ser por isso. Não fui mal educada. Tentei ter paciência. Tentei dialogar. Pra quê? 

É uma batalha perdida. Pessoas como ela se julgam acima do bem e do mal. Se julgam superiores à Ciência - que a cidadã insiste em escrever "siênçia". Fazem contorcionismo para distorcer tudo que o oponente diz ou escreve. Testam sua paciência até o limite do indescritível! Mas as coisas podem sempre piorar. 

Sim, de repente, em questão de poucas horas. Meu Twitter foi invadido por hordas de robôs ou zumbis - já nem sei quando se trata de gente mesmo ou máquinas programadas para repetir as mesmas sandices do governo, a verdade é que parece a mesma coisa. Várias notificações de criaturas do além curtindo as respostas da minha interlocutora - estou sendo generosa. Que arrependimento. 

Lição aprendida! Nos próximos dias, não irei abrir o Twitter logo de manhã. Lembrarei da necessidade de buscar a justa medida aristotélica: refletir sobre com quem, quando, por qual motivo, por quanto tempo, antes de digitar qualquer desaforo, por mais justo que ele possa ser, em termos absolutos...

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