Hoje cometi uma imprudência. Ou melhor me deixei levar pela hybris. Não vou fugir da minha responsabilidade, mas em minha defesa digo que ficar trancada dentro de casa a sei lá quantos dias, trabalhando na frente do computador o dia todo, com uma reforma no apartamento vizinho, com direito a marteladas e furadeira sem fim, e ainda ter que ler as asneiras, mentiras e desfaçatez desse governo é coisa para tirar qualquer um do prumo.
imagem disponível em pixaby.com
Mas vamos ao meu pecado: resolvi escrever algumas verdades como resposta aos tweetes do excelentíssimo senhor presidente da república. Sim, confesso que da próxima vez irei me controlar. Mas não parei por aí. Resolvi responder a uma cidadã que, de maneira muito irônica - dava pra sentir o tom de voz, ou será que já estou pirando? - me chamava de "professora". Acho que porque a distinta senhora tem o nome da minha mãe. Deve ser por isso. Não fui mal educada. Tentei ter paciência. Tentei dialogar. Pra quê?
É uma batalha perdida. Pessoas como ela se julgam acima do bem e do mal. Se julgam superiores à Ciência - que a cidadã insiste em escrever "siênçia". Fazem contorcionismo para distorcer tudo que o oponente diz ou escreve. Testam sua paciência até o limite do indescritível! Mas as coisas podem sempre piorar.
Sim, de repente, em questão de poucas horas. Meu Twitter foi invadido por hordas de robôs ou zumbis - já nem sei quando se trata de gente mesmo ou máquinas programadas para repetir as mesmas sandices do governo, a verdade é que parece a mesma coisa. Várias notificações de criaturas do além curtindo as respostas da minha interlocutora - estou sendo generosa. Que arrependimento.
Lição aprendida! Nos próximos dias, não irei abrir o Twitter logo de manhã. Lembrarei da necessidade de buscar a justa medida aristotélica: refletir sobre com quem, quando, por qual motivo, por quanto tempo, antes de digitar qualquer desaforo, por mais justo que ele possa ser, em termos absolutos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário