Sentia uma forte dor no peito. Poderia ser um sinal de que morreria? Teria um ataque do coração? Fulminante? Sem chance de botar em prática todas aquelas ideias que vinham bagunçando sua cabeça? Não podia morrer!
Tinha a vista meio turva, ou seria ofuscada pela clareza daquelas ideias que a tinham tomado de assalto? Via tudo com uma clareza que lhe doía a alma. Podia quase tocar todos aqueles planos que lhe rondavam a cabeça dia e noite.
Estava se sentindo pronta para dar um giro de 180 graus na sua vida. De repente descobriu que era capaz de sonhar ainda. Que podia fazer planos, e se deliciar com as expectativas. Queria trocar aquela vida de quase certezas por uma de total incerteza! Poderia soar como loucura, mas aquela era sua mais singela concepção de felicidade! Li-ber-da-de!
Tinha dificuldade em se concentrar nas atividades que precisam ser acabadas. Queria sonhar de olhos abertos. Queria pegar o próximo ônibus com destino a qualquer lugar que não aquele no qual estava! Sentia-se num livro. E queria logo virar a próxima página. Queria ler com fúria e desespero os próximos capítulos. Como se neles fosse encontrar as respostas que há tanto buscava.
Mas tinha compromissos que não poderiam ser jogados para o alto assim sem mais nem menos. Não porque ela ainda tivesse vontade de estar ali. Mas porque não podia ser diferente. Quanto mais lembrava disso, mais e mais se refugiava no futuro! Na vida que levaria depois! Planejava como seria o inesperado! Como viveria sem certezas! Sabia que tudo aquilo soava como loucura, mas não se importava mais! Não queria se importar com opinião alguma que não fosse a sua própria!
Os papéis sobre a escrivaninha, os livros e o computador ligado. Era preciso ter coragem. Tanto para encarar o desconhecido como para abandonar de vez o que vinha sendo sua zona de conforto. Mas o conforto estava custando muito caro. E se o preço a pagar tem que ser alto, que seja então por algo que faça a vida ter sentido! E decididamente o sentido não estava ali!
Ouvia os carros lá fora. O frio repentino do começo da semana tinha trazido uma felicidade longínqua, doce e triste. Não sabia bem o porque da tristeza, mas talvez fosse ela a causa da dor no peito..
A mão estava trêmula. O coração batia acelerado. A boca seca pedia por água. Mas sua sede era por algo mais. Estava sedenta por novidades. De repente se sentiu forte e capaz de tantas coisas que já tinha se esquecido.
O escritório estava silencioso. Todos pareciam absorvidos em suas atividades. Quando o telefone tocou, levou um susto. O toque do telefone parecia ter acertado em cheio seus planos secretos. A dor no peito voltou. Atendeu com voz entrecortada. Respirava com dificuldade. Do outro lado estava alguém que havia cometido um erro. Não, não, a senhora ligou para o número errado.
Estaria cometendo um erro também? Será que amanhã ou depois se arrependeria e desejaria voltar? Mas também, só saberá se tiver a oportunidade de se arrepender! Então precisa finalizar tudo o quanto antes! Em casa continuaria desfrutando daquela felicidade nova que a possibilidade de mudança havia trazido. Era quase uma felicidade proibida! Sentia arrepios, calor e frio. A mão transpirava. O coração acelerava e quase parava! Sorria para a tela do computador.
A próxima página, era tudo que queria!
Tinha a vista meio turva, ou seria ofuscada pela clareza daquelas ideias que a tinham tomado de assalto? Via tudo com uma clareza que lhe doía a alma. Podia quase tocar todos aqueles planos que lhe rondavam a cabeça dia e noite.
Estava se sentindo pronta para dar um giro de 180 graus na sua vida. De repente descobriu que era capaz de sonhar ainda. Que podia fazer planos, e se deliciar com as expectativas. Queria trocar aquela vida de quase certezas por uma de total incerteza! Poderia soar como loucura, mas aquela era sua mais singela concepção de felicidade! Li-ber-da-de!
Tinha dificuldade em se concentrar nas atividades que precisam ser acabadas. Queria sonhar de olhos abertos. Queria pegar o próximo ônibus com destino a qualquer lugar que não aquele no qual estava! Sentia-se num livro. E queria logo virar a próxima página. Queria ler com fúria e desespero os próximos capítulos. Como se neles fosse encontrar as respostas que há tanto buscava.
Mas tinha compromissos que não poderiam ser jogados para o alto assim sem mais nem menos. Não porque ela ainda tivesse vontade de estar ali. Mas porque não podia ser diferente. Quanto mais lembrava disso, mais e mais se refugiava no futuro! Na vida que levaria depois! Planejava como seria o inesperado! Como viveria sem certezas! Sabia que tudo aquilo soava como loucura, mas não se importava mais! Não queria se importar com opinião alguma que não fosse a sua própria!
Os papéis sobre a escrivaninha, os livros e o computador ligado. Era preciso ter coragem. Tanto para encarar o desconhecido como para abandonar de vez o que vinha sendo sua zona de conforto. Mas o conforto estava custando muito caro. E se o preço a pagar tem que ser alto, que seja então por algo que faça a vida ter sentido! E decididamente o sentido não estava ali!
Ouvia os carros lá fora. O frio repentino do começo da semana tinha trazido uma felicidade longínqua, doce e triste. Não sabia bem o porque da tristeza, mas talvez fosse ela a causa da dor no peito..
A mão estava trêmula. O coração batia acelerado. A boca seca pedia por água. Mas sua sede era por algo mais. Estava sedenta por novidades. De repente se sentiu forte e capaz de tantas coisas que já tinha se esquecido.
O escritório estava silencioso. Todos pareciam absorvidos em suas atividades. Quando o telefone tocou, levou um susto. O toque do telefone parecia ter acertado em cheio seus planos secretos. A dor no peito voltou. Atendeu com voz entrecortada. Respirava com dificuldade. Do outro lado estava alguém que havia cometido um erro. Não, não, a senhora ligou para o número errado.
Estaria cometendo um erro também? Será que amanhã ou depois se arrependeria e desejaria voltar? Mas também, só saberá se tiver a oportunidade de se arrepender! Então precisa finalizar tudo o quanto antes! Em casa continuaria desfrutando daquela felicidade nova que a possibilidade de mudança havia trazido. Era quase uma felicidade proibida! Sentia arrepios, calor e frio. A mão transpirava. O coração acelerava e quase parava! Sorria para a tela do computador.
A próxima página, era tudo que queria!
4 comentários:
Esse texto calhou em boa hora, Fran!!!!! rsrsrs. Finalizar... é tudo que precisamos!
UM abraço
Oi, Francine. Tb gostei do que li em seu blog. Vou passear sempre por aqui. Bj
Já passei por aqui algumas vezes! Mas hoje preciso dizer o quanto me fascina o que você escreve e como escreve!
Tenho sempre aquela sensação:
"Puxa é mesmo que eu sinto"!
Como aquela música que diz tudo que queríamos dizer, mas nunca encontramos aquelas palavras!
Seus textos são música pra mim!
Só me fazem te admirar ainda mais!
Por favor, não pare de escrever!
Porque não dá vontade de parar de ler!
Bjão querida
Saudade...
é muito gostoso ler cada comentário! é mto bom saber que tem pessoas compartilhando um pouco do meu mundo!
Continuem lendo, hehe!!
Postar um comentário