quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Cabelos, cobras e bons modos

Eu estava tomando banho e pensando de onde teria vindo esse meu pavor por fios de cabelo espalhado pelo chão, mas principalmente por fios de cabelo no chão do banheiro e, pior ainda, fios de cabelo no ralo do banheiro! Sim, é nojento! Eu também acho. Mas não é só isso. Fios de cabelo no ralo do banheiro me dão arrepio na espinha. Fico histérica! É uma coisa que eu não consigo controlar...

Vida de estudante, sabe como é. Durante quase 6 anos eu morei em casa de estudantes (moradia estudantil da unicamp). Tenho super ótimas lembranças desse tempo! Amigos, festas, cafés, almoços, festas, risadas, amigos, filmes, imagem e ação, máfia, tudo de bom! Mas também tive os meus dias mais difíceis por lá! Imagina você morando com mais 3, 4 ou 5 meninas numa casa que só tem um banheiro! Eu não queria fazer tempestade num copo d'água... Não queria parecer louca ou coisa do tipo. Mas quantas vezes eu chorei, quando ia tomar banho. Sim, chorei de nojo, de raiva, de tristeza. Eu sempre, religiosamente, retiro o meu cabelo do ralo do banheiro depois que tomo banho! E ODEIO entrar num banheiro que tenha cabelos no ralo! Então, eu ia lá, retirava aquele monte de cabelo que não era meu (até porque eu tenho cabelos curtos, bem curtos, que jamais formariam aqueles bolos de cabelo no ralo!), e depois tomava meu banho. (verdade seja dita, não foi sempre assim!) Mas, de qualquer forma - aff!- aquele tempo passou! Agora no meu banheiro não acontece isso...

Mas depois de tanto sofrimento, eu ainda me perguntava de onde teria vindo todo esse pavor. E acho que descobri hoje. Enquanto tomava banho, como que num estalo, eu lembrei da minha mãe dizendo, quando eu era criança, que os fios de cabelo que a gente deixava por aí, e principalmente aqueles que viessem a ficar na água, viravam cobras! Meu deus! que horror! eu tinha tanto medo de cobra. Eu sempre me lembrava disso quando pequena. E sempre, desde então, retirava todo fio de cabelo do ralo do banheiro. Naquele tempo eu tinha cabelos longos e ficava imaginando o tamanho das cobras que nasceriam deles... Se a intenção da minha mãe era me deixar neurótica, ela foi bem sucedida. Eu lembro que ela falava de uma passagem da Bíblia que dizia pra gente cuidar de cada fio de nosso cabelo que caísse, não lembro o que isso tinha a ver com a história deles virarem cobras, mas servia pra sustentar o argumento de que eu devia retirar o cabelo do ralo...

Pena que as mães das outras meninas não contaram essa história pra elas. Se eu algum dia eu tivesse  uma filha (coisa que não está nos meus planos de vida!) eu contaria essa história pra ela, ah contaria! E do jeito que essas crianças estão hoje em dia (nascendo num mundo virtual...), acho que até seria fácil convencê-la disso...

2 comentários:

Unknown disse...

Fran! Que coisa esse seu post!!! Me identifiquei e muito com ele! Sabe nunca ouvi essa história que sua mãe te contou, mas mesmo assim, sofro com essa 'fobia' de cabelos no ralo do banheiro, principalmente na época que morava com outras meninas!! Nunca chorei no banho por isso, mas sempre limpei antes de tomar banho, rs. Incrível! Da onde será que veio esse meu pavor? Um dia ainda descubro!! rsrs
Bjks querida!

Francine Ribeiro disse...

esse é um tipo de coisa pra gente pedir pro Freud explicar..rsrs

quem sabe um dia nesses, durante o banho, vc não consiga encontrar a origem da sua fobia, como aconteceu comigo..rs

obrigada pela visitinha, volte sempre! bjins

Sobre o que se fala

cotidiano Poesia Dicas opinião opiniões política utilidade pública atualidade atualidades Rapidinhas Campinas educação Conto crônica Minas Gerais São Paulo cinema observações Brasil coisas da vida escola Misto música Delfim Moreira divulgação Barão Geraldo Bolsonaro Literatura democracia eleições Filosofia da vida leitura coisas que fazem bem passeios Comilança clã Bolsonaro redes sociais revoltas amigos coronavírus debate público ensino paixão preconceito; atualidades sobre fake news séries Dark Futebol amor coisas de mineiro coisas do mundo internético criança do eu profundo façamos poesia; final de ano; início de ano; cotidiano; pandemia 8 de março Ciência de irmã pra irmã distopia história infância lembranças mulheres política; tecnologia virada cultural Violência; Educação; utilidade pública autoritarismo comunicação consumo consciente desabafo economia fascismo férias impressa manifestação mau humor mentira mágica pós-verdade quarentena racismo estrutural reforma da previdência ser professor (a) sobre a vida música Poesia 15 de outubro 20 de novembro 2021 Anima Mundi EaD Eliane Brum Fora Bolsonaro Itajubá Moro Oscar Passarinho; Poesia; Vida Posto Ipiranga aborto adolescência amizade amor felino animação; assédio sexual autoverdade balbúrdia baleia azul. bolsonarismo cabeça de planilha consciência negra corrupção coti covid-19 crime curta; crônica; curtas; concurso; festival curtas curtas; crônica; da vida; defesa democracia liberal descobrindo o racismo desinformação direitos discurso divulgação; atualidades divulgação; blogs; poesia documentário família filosofia de jardim fim das sacolinhas plásticas frio férias; viagens; da vida; gata guerra de narrativas hipocrisia humor ideologia jornalismo lei de cotas livros minorias morte mídia música Poesia novidades para rir próxima vida racismo institucional rap resenha; atualidade; interesse público; educação saudade sentimentos tirinhas universidade utopia verdade verdade factual viagem violência

Amigos do Mineireces